Como eu sou um tipo porreiro e até me disponibilizo para ajudar os mais necessitados, quero deixar aqui umas propostas para alguns artigos que vejo esquecidos pela SPA, na Proposta de Lei nº118/XII que convenceram a deputada Gabriela Canavilhas a apresentar, para discussão, na Assembleia da República.
Não sei como os senhores da SPA deixaram de fora tão importantes fontes de rendimento, ainda para mais quando dão tamanha importância ao plano musical. Pelo menos é o que depreendo, depois de dar algumas voltas e reviravoltas no seu espaço de internet!
Assim sendo, proponho que sejam também taxadas à medida que achem conveniente (não vos faço a papinha toda, ok?) as seguintes “ferramentas” e pelos seguintes motivos:
- Instrumentos Musicais: violentíssimas armas de violação dos direitos de autor, utilizados em toda a espécie de espectáculos, bailaricos e afins, muitas vezes com vozes esganiçadas a assassinar as maravilhas originais de artistas do maior gabarito nacional e internacional.
- Lápis e esferográficas: os piratas são muito inteligentes, se não os deixam fazer copy-paste das músicas e acordes dos artistas protegidos pela SPA, estes vis criminosos vão certamente começar a usar papel e caneta, não tarda nada…
- Todo o tipo de papel e cartolinas: pelos motivos expressos no ponto anterior, porque é preciso alguma coisa onde escrever. Aliás, já estou a ver os piratas a desenhar fotograma por fotograma todos os filmes da saga Twilight e a ouvir a discografia completa do José Cid para passar para o papel todas as letras e todas as notas (musicais, claro… as de Euros nós sabemos onde a SPA as quer) de cada música.
- Voz humana: os piratas são imparáveis meus senhores, cantar a capella também é pirataria, é hora de taxar de imediato todos os cantores de chuveiro, banheira, vão de escada, passeio de rua, corredores de hipermercado… especial atenção aos assobiadores que são muito ardilosos na sua arte de piratear a música portuguesa!
Espero com isto ter contribuído para o contínuo funcionamento da SPA, pois conseguir mais de 6 milhões de euros para despesas anuais só em serviços prestados deve ser obra! Ainda por cima obra “original”!
Deve dar trabalho p’ra carago, bolas!