“Pessoas inteligentes são preguiçosas”
Muitas vezes me perguntam o porquê desta citação. Não sei a quem a atribuir – talvez à “sabedoria popular(?)” – mas o facto é que, cada vez mais, e quanto mais subimos numa hierarquização de trabalho e desenvolvimento, verificamos que esta afirmação se revela verdadeira!
Infelizmente a grande maioria das pessoas toma como algo negativo a “preguiça”, assumem simplesmente uma vontade de fazer coisa nenhuma e de procrastinar ad eternum tudo o que apareça pela frente… Nada mais falso! Na verdade, entendo que a grande maioria dos avanços da história se devem à preguiça, aliada à inteligência de quem a teve. É factual, só pode ser factual!
No entanto, é necessário frisar que se torna impossível dissociar as duas coisas de forma a não cair no erro de assumir o factor “inteligência” como simples “superioridade intelectual” e “preguiça” como simples… bem… “preguiça”!
A preguiça inteligente transforma o indivíduo numa verdadeira máquina produtiva e imaginativa, pois a vontade de realmente poder dedicar-se ao “dolce fare niente” (pronto, admito!) leva o intelecto a funcionar de forma a criar soluções que assim o permitam… Digam-me lá:
- Quem inventou o controlo remoto não era um preguiçoso de primeira linha?
- E quem inventou o Email era mais do que um preguiçoso que não queria ir aos correios?
- E quem inventou o motor não era um preguiçoso de primeira linha, que não queriam dar ao pedal nem andar para trás e para a frente a alimentar cavalos e a limpar os seus detritos logo a seguir?
- E digam-me lá que o aspirador não surgiu de uma preguiça imensa de simplesmente não pegar na vassoura e apanhador?
Não eram, estes tipos todos, uns inteligentes de primeira água? E podíamos estartodo o dia nisto, a enumerar as várias formas de conseguir poupar-nos ao esforço de fazer alguma coisa, de conseguir simplificar a mais árdua tarefa.
Ao simplificarmos, automatizarmos até, as mais mundanas tarefas, sobra-nos tempo para nos focarmos no que verdadeiramente importa.