A traição dos Cravos!

“são rosas, senhor, são rosas” … cheias de espinhos!

50 anos passaram sobre a “Revolução dos Cravos”.

O 25 de abril de 1974 foi um momento de esperança e renovação, onde os ideais de democracia, liberdade, justiça social e igualdade foram proclamados com fervor.

Foram.

Proclamados.

Um olhar sobre a política atual nada mais faz do que provocar um profundo sentimento de decepção com a forma como esses valores fundamentais foram desvirtuados em nome do interesse pessoal, do dinheiro e do compadrio.

O bem-estar e os direitos dos cidadãos passaram para segundo… para terceiro plano! A classe política é mais adepta de servir interesses particulares e de manter o status quo que beneficia apenas uma pequena elite. A corrupção e o nepotismo corroeram a integridade do sistema político e minaram, destruíram mesmo, a confiança do povo nas instituições democráticas. E neste panorama de descontentamento e desconfiança, vemos crescer o ódio, o fascismo, a intolerância. Vemos também um completo desapego às questões de estado. O povo está mais preocupado em (sobre)viver do que em se envolver em questões políticas e sociais. Não dá para isso! Ou se coloca comida na mesa, ou se procura mudar o status quo com uma participação activa. E é por isso que os círculos partidários sobrevivem, e passa por gerações das mesmas famílias, e vemos as mesmas caras nas mesmas listas. De 4 em 4 anos. De eleições em eleições!

Enquanto a Revolução dos Cravos lutava pela justiça social e pela igualdade, 50 anos passados trouxeram uma acentuada disparidade entre ricos e pobres, com a classe política frequentemente alheia às necessidades daqueles que mais precisam de ajuda. Os serviços públicos essenciais são negligenciados em favor de projetos que beneficiam os poucos, selectos, privilegiados, enquanto os menos favorecidos são deixados para trás. A burocracia impera em qualquer aspecto da vida civil.

Criar uma empresa é uma travessia do deserto, com licenças, taxas, taxinhas, impostos, requisitos, inspeções e outros que tais.

Criar emprego e crescer é um risco maior do que jogar roleta-russa com um Colt carregado!

Construir uma casa é uma espera infindável e uma carga de trabalhos, de licenças, de pedidos e meses… anos… de espera. Com bancos a cobrar spreads, juros, e tudo o que se lembrarem!

Além disso, a busca desenfreada pelo poder e pela riqueza levou a uma cultura política onde os valores éticos são sacrificados em nome do lucro e da influência. Os escândalos de corrupção e os conflitos de interesse tornaram-se comuns, minando ainda mais a credibilidade da classe política aos olhos do público.

Negócios público-privados que prejudicam o estado (todos nós);

Cheques em branco a bancos falidos, que depois trazem subidas de taxas de juros e cobranças incomportáveis para as famílias;

Suspeitas de corrupção ao mais alto nível, que levam à queda de governos;

Suspeitas ao mais alto nível, que nos mostram pessoas tão agarradas ao poder que nem a decência, a vergonha, têm para se demitirem;

Portas rolantes de deputados, ex-deputados, ministros e ex-ministros que circulam entre entidades privadas e cargos públicos e ministeriais!

É triste ver como a política atual se afastou dos nobres ideais e princípios pelos quais tantos lutaram durante a Revolução dos Cravos. É crucial que a sociedade se una para exigir uma mudança real e uma restauração dos valores democráticos e humanistas que tanto inspiraram aquele momento histórico.
Só assim podemos honrar verdadeiramente o legado da Revolução de abril e dos homens e mulheres que se insurgiram perante a ditadura, e construir um futuro mais justo e equitativo para todos os portugueses.

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