Branding de gabinete - Novo Banco

Quando o Governador do Banco de Portugal anunciou com “pompa e circunstância” que a crise do Grupo Espírito Santo e consequente afundamento do Banco BES iria originar um Novo Banco, estava longe de imaginar que alguém se teria esquecido de fazer o trabalho de casa… ou não. Não é, certamente, da noite para o dia que se anuncia um “novo mundo”, uma nova marca, sem uma pesquisa exaustiva da exequíbilidade desse branding. Afinal, de brandings apressados e sem nexo já NOS estamos cheios! Imagino alguém, pressionado pelo tempo e ensonado pelas horas e a preguiça de ter que trabalhar num fim de semana que seria de descanso, algures num gabinete do BdP, em apressada conversa: – então vamos dividir em dois bancos? – sim, um bom e um mau. – mas dois bancos novos? – sim, dois bancos novos. – então vamos apressar lá isto e chamar-lhe Banco Novo. – isso não é um bocado palerma? – pronto, vamos modernizar e chamar-lhe Novo Banco! – boa! E neste diálogo de gabinete se faz mais uma brandiotice! Simples, não é? Desde 1989, o BCP anda às voltas com um registo de marca, de seu nome “NOVOBANCO”, sendo este registo ainda válido e detido por esta instituição bancária. Irá este (quase) último bastião da golden age bancária portuguesa deitar mão ao BES Bom? Tudo indica que não mas, e a Marca? Contudo, este re-branding do BES Bom vai meter alguma tinta ao barulho, vai uma aposta?

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